Como libertar-se?

             Uma das tarefas do psicoterapeuta reencarnacionista é ajudar-se e ajudar as pessoas a libertarem-se desses grilhões imaginários, pois temporários, que criam as doenças físicas através da ação dos pensamentos e sentimentos negativos nos órgãos e partes do corpo correspondentes. Devemos auxiliar as pessoas a libertarem-se de si mesmo, do rótulo do seu nome e da sua perso­nalidade aparente (persona) e conectar-se com sua Essência. As personas atuantes, iludidas, nesse cotejo diário com as outras personas, adoecendo­-se mutuamente, “neurotizando-se” e algumas vezes “psicotizando-se”, é um trágico desfile de ilusões, demonstrações de um “amor” desvirtuado, possessivo, ilusório.
            Os relatos das pessoas no consultório são verdades, a mágoa é realmente dolorosa, a raiva é poderosa, mas são verdades do ponto de vista de suas personas e não de suas Essências. É muito diferente a visão desses nossos dois aspectos: um certo fato ou vivência que pareça altamente traumática e desagradável para nós enquanto personalidade encarnada, pode ser uma necessária oportunidade de crescimento e de mudança (retificação de caminho), mas que não é vista assim, pela visão míope e imediatista da persona, que raramente enxerga as coisas com profundidade. Pode ser uma doença, um acidente, um fracasso, uma dificuldade, enfim, alguma circunstância que a personalidade não goste, mas do ponto de vista da sua Essência, em seus projetos de evolução e de aprimoramento, como é vista aquela mesma circunstância? E isso pode ser uma rejeição intra-uterina ou na primeira infância, um defeito congênito, uma “perda” afetiva, um revés profissional, financeiro, etc. Freqüentemente, no caminho da evolução espiritual, o desagradável é apenas inevitável e o “injusto” é algo necessário, geralmente um retorno. A interpretação vai depender de quem encara o fato, ou seja, quem está no comando: a Personalidade terrena e sua visão rasteira ou a Essência e sua visão panorâmica. E então a crise pode transformar-se em oportunidade de crescimento, ou não. Isso deve ser motivo de conversa numa consulta de um psicoterapeuta reencarnacionista, afim de ajudar as pessoas a olharem as coisas “de cima”.