O Perdão

O perdão beneficia, principalmente, a quem o exerce, e, por extensão, a quem o recebe. Quem mantiver sua raiva, sua mágoa, acreditando que tem razão para senti-las, estará, na verdade, prejudicando o seu Espírito, deixando de fazê-lo evoluir, por ter “razão”. Não é fácil perdoar, o mais “fácil” é afastar-se do objeto de sua raiva e de sua mágoa, não querer encontrar, não telefonar, não conviver. Essa é uma maneira equivocada, típica do Eu encarnado, cego e surdo, o que faz, então, perpetuarem-se as nossas imperfeições, prejudicando os objetivos pré-reencarnatórios do nosso Espírito. Após desencarnar, no Plano Astral, nas reuniões, nos grupos de estudo, seremos mais um a afirmar: “Ah, se eu soubesse!” e “Ah, se eu lembrasse!”. E algum dos Mestres presentes nos perguntará: “Mas você não percebeu que bastava perdoar?”

          O perdão é uma arte e, portanto, disponível a poucos. Algumas vezes, nas palestras, nas aulas, no consultório, quando se fala na necessidade de perdoarmos nossos desafetos, visando a nossa elevação espiritual, os comentários geralmente são de que somente os Santos e os Mestres são capazes disso. Isso é evidente, mas nós não estamos indo em busca do seu nível, do seu grau? Os nossos Espíritos não almejam outra coisa além disso! Então, se o nosso eu encarnado empenhar-se nessa difícil tarefa, estará fazendo exatamente o que nosso Espírito espera que façamos, mas se não fizermos, por que não somos Santo ou Mestre, estaremos retardando alcançar essa meta