Esquizofrenia

 

esquizofreniaApesar da exata origem não estar concluída, as evidências indicam mais e mais fortemente que a esquizofrenia é um severo transtorno do funcionamento cerebral. A Dra Nancy Andreasen disse: “As atuais evidências relativas às causas da esquizofrenia são um mosaico: a única coisa clara é a constituição multifatorial da esquizofrenia. Isso inclui mudanças na química cerebral, fatores genéticos e mesmo alterações estruturais. A origem viral e traumas encefálicos não estão descartados. A esquizofrenia é provavelmente um grupo de doenças relacionadas, algumas causadas por um fator, outras, por outros fatores”. A questão sobre a existência de várias esquizofrenias e não apenas uma única doença não é um assunto novo. Primeiro, pela diversidade de manifestações como os sub-tipos paranóide, hebefrênico e catatônico além das formas atípicas, que são conhecidas há décadas. Segundo, por analogia com outras áreas médicas como o câncer. O câncer para o leigo é uma doença que pode atingir diferentes órgãos. Na verdade trata-se de várias doenças com manifestação semelhante. Para cada tipo de câncer há uma causa distinta, um tratamento específico em chances de cura distintas. São, portanto, várias doenças. Na esquizofrenia talvez seja o mesmo e o simples fato de tratá-la como uma doença só, atrapalha a sua compreensão. Poucos sabemos sobre essa doença. O máximo que conseguimos foi obter controle dos sintomas com os antipsicóticos. Nem sua classificação, que é um dos aspectos fundamentais da pesquisa, foi devidamente concluída. NÃO há um exame que diagnostique precisamente a esquizofrenia, isto depende exclusivamente dos conhecimentos e da experiência do médico, portanto é comum ver conflitos de diagnóstico. O diagnóstico é feito pelo conjunto de sintomas que o paciente apresenta e a história como esses sintomas foram surgindo e se desenvolvendo. Existem critérios estabelecidos para que o médico tenha um ponto de partida, uma base onde se sustentar, mas a maneira como o médico encara os sintomas é pessoal. Um médico pode considerar que uma insônia apresentada não tenha maior importância na composição do quadro; já outro médico pode considerá-la fundamental. Assim os quadros não muito definidos ou atípicos podem gerar conflitos de diagnóstico. Que a esquizofrenia é doença grave ninguém duvida, pois afeta as emoções, o pensamento, as percepções e o comportamento. Mas o que dizer de uma gravidade que pode não deixar seqüelas nem ameaçar a vida da pessoa, mas pelo contrário permite o restabelecimento da normalidade? A gravidade então não está tanto no diagnóstico: está mais no curso da doença, pois ocorre:

– Falta de critérios uniformes nas pesquisas passadas sobre o assunto.

– Dificuldade de se acompanhar ao longo de vários anos um grupo grande de pacientes

Sobre a causa da esquizofrenia só sabemos duas coisas: é complexa e multifatorial. O cérebro, por si só, possui um funcionamento extremamente complexo e em grande parte desconhecido. Essa complexidade aumenta se considerarmos, e temos de considerar, que seu funcionamento depende de outras partes do corpo como os vasos sangüíneos, o metabolismo do fígado, a filtragem do rim, a absorção do intestino, etc. Por fim, se considerando outras variáveis nada desprezíveis como o ambiente social e familiar, a complexidade se torna inatingível para os recursos de que dispomos. Provavelmente a esquizofrenia é resultado disso tudo. Na história da Medicina as doenças foram descobertas muitas vezes pelos grupos ou atividades de risco. As pessoas que passavam em determinado local e contraíam doenças comuns àquela região abriam precedentes nas pesquisas. Locais onde o solo era pobre em iodo, as pessoas adquiriam bócio; locais onde havia certos mosquitos as pessoas podiam adquirir malária, dengue, febre amarela. Locais infestados por ratos, adquirir leptospirose. Com a esquizofrenia, nunca se conseguiu identificar fatores de risco, exceto o parentesco com algum esquizofrênico. Este fato dificulta as investigações porque não fornece as pistas nas quais os pesquisadores médicos precisam se basear para pesquisar. Como não há pistas, somos obrigados a escolher um tema que por intuição pode se relacionar à esquizofrenia e investigá-lo. É isto que tem sido feito. O filme “Uma Mente Brilhante“, 2001(Russell Crowe), retrata bem o drama desse distúrbio.

 

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