Em 1993, ano em que morei no Japão, estava em uma loja do Mc Donalds com alguns amigos, quando me deparo com uma cena interessante; um homem sentado em uma das mesas, aguardando tranqüilamente a esposa chegar com os lanches. Detalhe, ela quem foi fazer o pedido no caixa, com uma criança no colo e a outra de mãos dadas, aparentando ter uns 04 anos de idade. Confesso que aquilo causou uma certa indignação a nós brasileiros, pois se fosse aqui seria considerado uma falta de cavalheirismo. Mas para a sociedade japonesa, onde se predomina o machismo, é um fato normal. Cito tal exemplo a fim de comprovar que os termos certo ou errado não existem. Aspectos culturais e familiares podem esclarecer o que está por trás de determinados hábitos e ações que muitas vezes julgamos de forma leviana. Portanto vai da consciência e livre-arbítrio de cada um, discernir se tal atitude pode ser considerada certa, coerente; ou errada, equivocada. Acertos e erros farão parte de nossa caminhada enquanto estivermos habitando este planeta. Se acertarmos, ótimo, seguimos em frente. O mesmo vale para caso errarmos, mas com a responsabilidade de assumirmos o erro, pois errar é um ato humano, mas admiti-lo é caráter!