“O verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entende Jesus, é benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores. Ela nos manda ser indulgentes porque temos necessidade de indulgência, e nos proíbe humilhar o infortúnio, ao contrário do que comumente se pratica. Se um rico nos procura, atendemo-lo com excesso de consideração e atenção, mas se é um pobre, parece que não nos devemos incomodar com ele. Quanto mais, entretanto, sua posição é lastimável, mais devemos temer aumentar-lhe a desgraça pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distância entre ambos”. (Allan Kardec)
O Amor e a caridade são o complemento da Lei de Justiça, porque amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem possível, que desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o sentido das palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros, como irmãos”.
Um exemplo muito comum hoje em dia, pessoas pedindo esmolas nos semáforos e vários contribuem com moedas. Nada contra a quem compartilhe tal ato, mas temos de saber discernir se realmente dar esmolas seria a atitude mais sensata. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública/SP, 95% dos pedintes são indivíduos que se aproveitam da boa vontade alheia. Jesus, por muitas vezes, compartilhou o peixe com os irmãos, mas depois lhes ensinavam a pescar, a fim de prover o próprio alimento. Como dizia um antigo provérbio judáico: “A caridade deve ser anônima, do contrário é vaidade!”