Vem do latim gratia que significa literalmente graça, ou gratus que se traduz como agradável. Por extensão, significa reconhecimento agradável por tudo quanto se recebe ou lhe é reconhecido. Só o fato de estarmos vivos seria um nobre motivo para sentirmos gratidão, mas nem todos pensam dessa maneira. Necessitam de grandes benefícios para se sentirem gratos, e mesmo quando muito beneficiados, acham que sempre devem levar vantagem como se fossem o centro do Universo, e se alguma adversidade impede o favorecimento, vem a rebeldia, a insatisfação, a decepção e a revolta. Tal comportamento vem da criação e da educação que recebem, onde os pais ou responsáveis fazem todas as vontades, sem a noção de limite, e quando são negados alguma coisa, estes indivíduos se sentem ingratos e as piores das criaturas. São crianças que ignoram o significado da palavra NÃO, e quando esta ecoa aos ouvidos, batem o pé e se rebelam até conseguirem convencer a quem lhe negou tal favor de que estão equivocadas, ou seja, apelam com chantagens emocionais fazendo com que o sentimento de culpa mude a negação para “Ok, você venceu!”. Consequentemente se tornam adultos mimados, com uma certa dose de arrogância, em que conseguem tudo o que almejam. Como diz o provérbio: “Uma pessoa ingrata tende a ser egoísta, traiçoeira, individualista e amiga apenas de si mesma.”(Augusto Branco)