Todos nós, encarnados atualmente, herdamos a descendência de algum povo milenar, seja da Europa, Ásia, África, Arábia, Tribos Indígenas e outras mais. Muitas dessas culturas tem como tradição, cultuar os ancestrais ou antepassados, onde nada mais é do que agradecer e reverenciar aos seres que nos deram a origem, e o motivo de estarmos vivos, dando continuidade a preservação da espécie humana. Isto não tem nenhum vínculo religioso e não significa adoração de forma alguma, apenas respeito e gratidão. Sou descendente de japoneses, parte paterna e materna, mais especificamente da província de Okinawa, ilha em que até 1972 era considerado um país independente, e foi incluído como parte do Japão após acordo militar com os EUA. É um povo que teve mais influência da China em termos culturais, refletindo diretamente no culto aos ancestrais. Um dos maiores equívocos que ocorre atualmente, são os descendentes que deixam de cultuar os antepassados devido a imposição de certas religiões, onde são literalmente proibidos, e segundo eles, é uma afronta as leis da “igreja”, correndo o risco de serem exonerados. Enfim, vai do livre arbítrio de cada indivíduo!
Arquivo mensal: março 2014
Erros e Acertos
Na minha modesta concepção, erros e acertos nada mais que são que os resultados de experiências vivenciadas conforme a necessidade de cada um. Muitas vezes os erros são necessários a fim de que possamos chegar aos acertos. Quantas tentativas Thomas Edson experimentou até chegar em uma de suas fantásticas invenções, a lâmpada? Infinitos erros para um único acerto. Na vida, tudo é uma questão de equilíbrio, alegrias e tristezas, sol e chuva, frio e calor, dia e noite, perdas e ganhos, enfim, erros e acertos também. Já imaginou que marasmo seria se houvesse só uma face, só alegria, sol, dia, ganhos, acertos? E a contrapartida então, só tristeza, chuva, perdas, erros? Como dizia o Sr.Myagui, do filme Karatê Kid; se acertou na 1a tentativa, sorte de principiante ou algum erro foi cometido! Portanto não tenha medo de errar, de tentar novamente, pois o campeão se conhece nas derrotas, eis a grande diferença entre campeões e ganhadores. Ganhar um jogo apenas não significa que irá ganhar o campeonato, mas uma única derrota pode por tudo a perder. Para os fãs de futebol e saudosistas, quem não se lembra da Copa de 1982, na Espanha, onde o Brasil encantou o planeta com o futebol arte, vinha “atropelando” todos os adversários, e em uma única derrota por 3×2 para os italianos, dava adeus ao sonho de mais um título mundial, mas é prestigiada até hoje? Depois deste evento muitos chegaram a conclusão de que não adianta jogar bonito, dar o melhor de si, onde proporcionar espetáculo ao público deixou de ser prioridade, pois o que vale é a vitória a todo custo. Afinal de contas, o técnico Telê Santana, na época, agiu certo ou errado? Aos entendidos no assunto, tirem suas conclusões…
Compreensão
Capacidade de entender o significado de algo, entendimento, percepção; ou faculdade de compreender, inteligência; ou ainda, condição, característica ou pré-disposição para aceitar e respeitar opiniões ou comportamentos alheios. Em resumo, é o raciocínio antes da ação. Eis uma história verídica que ilustra muito bem esta palavra: No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:
– Quantos rins nós temos?
– Quatro! Responde o aluno.
– Quatro? Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.
– Tragam um feixe de capim, pois temos um asno na sala, ordena o professor a seu auxiliar.
– E para mim um cafezinho! Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. O aluno era Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), o ‘Barão de Itararé’. Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
– O senhor me perguntou quantos rins ‘NÓS TEMOS’. ‘NÓS’ temos quatro: dois meus e dois seus. ‘NÓS’ é uma expressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.
Moral da História:
A VIDA EXIGE MUITO MAIS COMPREENSÃO DO QUE CONHECIMENTO.
Às vezes as pessoas, por terem um pouco a mais de conhecimento ou acreditarem que o tem, se acham no direito de subestimar os outros…
E haja capim!!!
Pensamentos
Dizer que sempre devemos ter pensamentos positivos, é uma lição que sabemos de cor, só nos resta aprender, segundo Beto Guedes, pois há uma grande diferença entre sabedoria e conhecimento. De nada adianta tentarmos mudar os pensamentos, se o raciocínio e a visão continuarem com os mesmos pontos de vista, devido a uma hierarquia existente: Visão, Raciocínio e Pensamentos, ou seja, a Visão é quem comanda a cadeia. Mudando-se a Visão, mudam-se o Raciocínio e os Pensamentos, “por tabela”. Mas afinal, o que significa mudarmos esta tal Visão? Nada mais é que a visão da alma, também denominada Visão Reencarnacionista, onde passamos a ter consciência de que somos espíritos eternos, e não apenas o corpo carnal e a mente. Como diz Luiz Gasparetto, somos o que sentimos, e não o que pensamos. Afinal de contas, quem pensa é a cabeça, a mente, o ego(eu inferior), e quem sente, é o Espírito(Eu Superior).
Serenidade
Eis algumas definições, como aceitar a si mesmo, a vida e as pessoas como elas são, mantendo sempre uma atitude realista, positiva e sábia em relação a tudo; característica ou particularidade do que é sereno, que se apresenta de maneira serena, sem agitações e/ou perturbações. Resumindo, é a paz de espírito que tanto se deseja alcançar, independente do que ocorre no mundo exterior. Certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que melhor representasse a paz. Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados. O primeiro retratava uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam no ar acariciadas por uma brisa suave. O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neve em meio ao azul anil do céu. O terceiro mostrava um grande rochedo sendo açoitado pela violência das ondas do mar em meio a uma tempestade estrondosa e cheia de relâmpagos. Mas para surpresa e espanto dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava a violência das ondas contra o rochedo. Indignados, os dois pintores que não foram escolhidos, questionaram o juiz que deu o voto de desempate: – Como este quadro tão violento pode representar a paz, Sr. Juiz? E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse: – Vocês repararam que em meio à violência das ondas e à tempestade há, numa das fendas do rochedo, um passarinho com seus filhotes dormindo tranqüilamente? E os pintores sem entender responderam: – sim, mas… antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou: – Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentos mais difíceis nos permite repousar tranqüilos. Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em meio à tempestade, mas não é tão difícil de entender. Considerando que a paz é um estado de espírito podemos concluir que, se a consciência está tranqüila, tudo à volta pode estar em revolução que conseguiremos manter nossa serenidade. Fazendo uma comparação com o quadro vencedor, poderíamos dizer que o ninho do pássaro que repousava serenamente com seus filhotes, representa a nossa consciência. A consciência é um refúgio seguro, quando nada tem que nos reprove. E também pode acontecer o contrário: tudo à volta pode estar tranqüilo e nossa consciência arder em chamas. A consciência, portanto, é um tribunal implacável, do qual não conseguiremos fugir, porque está em nós. É ela que nos dará possibilidades de permanecer em harmonia íntima, mesmo que tudo à volta ameace desmoronar, ou acuse sinais de perigo solicitando correção. Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretos nem por ordens exteriores, mas será conquista individual de cada criatura, portas à dentro da sua intimidade.