Bem ou Mal

Bem e o malPalavras com significados opostos que retratam com propriedade as leis universais, como ação e reação, causa e efeito, e alguns fenômenos da natureza como, dia e noite, sol e chuva, calor e frio, claro e escuro, dentre muitas outras. Podemos então concluir que o ideal é termos equilíbrio em todos os aspectos da vida, e quando percebermos que estamos pendendo a algum extremo, eis que é o momento de pararmos e refletirmos, usando o discernimento e a consciência.

Certa vez um professor, ateu, desafiou seus alunos com a seguinte pergunta:

– Deus fez tudo que existe?

Um estudante respondeu corajosamente:

– Sim, fez!

– Mas, Deus fez tudo mesmo?

– SIM, professor – respondeu o jovem.

O professor replicou:

– Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe, e considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mal.

O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, se vangloriava de haver provado uma vez mais que a era um mito.

Outro estudante levantou sua mão e disse:

– Posso lhe fazer uma pergunta, professor?

– Sem dúvida, respondeu-lhe o professor.

O jovem ficou de pé e perguntou:

– Professor, o frio existe?

– Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?

O rapaz respondeu:

– Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor. E a escuridão, existe? continuou o estudante.

O professor respondeu:

– Mas é claro que sim.

O estudante respondeu:

– Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas varias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.

Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:

– Diga, professor, o mal existe?

Ele respondeu:

– Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal.

Então o estudante respondeu:

– O mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a Fé ou o Amor, que existem como existe a Luz e o Calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz.

Muitas vezes, o mal só se manifesta para que o bem venha logo em seguida, pois na verdade, ao final das contas, o resultado é sempre o BEM!

Entregar-se

entregaHá momentos na vida em que devemos apenas aguardar os resultados, depois de agirmos e tomarmos todas as providências necessárias para que o objetivo se realize. Isto não significa desistir, apenas esperar que aquela semente que plantamos se transforme numa bela planta ou árvore, onde leva um devido tempo. Completamente diferente da espera de um milagre, ou seja, aguardar que a solução caia dos céus, sem nenhum esforço de nossa parte. Lembrando que apenas chuva, granizo, neve e cocô de pomba é que caem do alto!

Diz a lenda do bambu chinês que depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada, absolutamente nada, por 4 anos – exceto o lento desabrochar de um diminuto broto, a partir do bulbo. Durante 4 anos, todo o crescimento é subterrâneo, numa maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra. Mas então, no quinto ano, o bambu chinês cresce, até atingir 24 metros. Covey escreveu: “Muitas coisas na vida (pessoal e profissional) são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo e esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e as vezes não se vê nada por semanas, meses ou mesmo anos. Mas, se tiver paciência para continuar trabalhando e nutrindo, o “quinto ano” chegará e o crescimento e a mudança que se processam o deixarão espantado.”

O bambu chinês mostra que não podemos desistir fácil das coisas em nossos trabalhos, especialmente projetos que envolvem mudanças de comportamento, cultura e sensibilização para ações novas. Façamos a nossa parte e nessas horas a sugestão é entregar-se!

 

Capacidade

capacidadeQualidade de quem é apto a fazer determinada coisa, a compreendê-la.

Todos nós temos esta qualidade, basta usarmos o discernimento e a , de que tudo depende exclusivamente do nosso querer, ou melhor, do nosso poder de realizar qualquer coisa que nos dispomos a fazer.

Aquele ditado “Querer é poder” é mera demagogia, pois na verdade, só o querer, de nada adianta. O mais sensato seria “Fazer acontecer é poder”.

Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados. Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições. Todos que viviam ali trabalhavam na roça do Seu João, um homem rico e poderoso, que, dono de muitas terras, exigia que todos trabalhassem duro, pagando muito pouco por isso. Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé Alegria. Era um jovem agricultor em busca de trabalho. Recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali. O jovem vendo aquela casa suja e largada, resolveu dar-lhe vida nova. Pegou uma parte de suas economias, foi até a cidade e comprou algumas latas de tinta. Chegando à sua casa, cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, lixou e pintou as paredes com cores alegres e brilhantes, além de colocar flores nos vasos. Aquela casa limpa e arrumada chamava à atenção de todos que passavam. O jovem sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, era por isso que tinha esse apelido. Os outros trabalhadores lhe perguntavam:
– Como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos?
O jovem olhou bem para os amigos e disse:
– Bem, este trabalho, hoje é tudo que eu tenho. Ao invés de blasfemar e reclamar, prefiro agradecer por ele. Quando aceitei este trabalho, sabia de suas limitações. Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando. Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.
Os outros olharam admirados.
“Como ele podia pensar assim?” Afinal, acreditavam ser vítimas das circunstâncias abandonados pelo destino…
O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou à atenção de Seu João, que passou a observar à distância os passos dele.
Um dia Seu João pensou:
– Alguém que cuida com tanto cuidado e carinho da casa que emprestei, cuidará com o mesmo capricho da minha fazenda. Ele é o único aqui que pensa como eu. Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda.
Seu João foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem um emprego de administrador da fazenda. O rapaz prontamente aceitou.
Seus amigos agricultores novamente foram perguntar-lhe:
– O que faz algumas pessoas serem bem-sucedidas e outras não?
E ouviram, com atenção, a resposta:
– Em minhas andanças, meus amigos, eu aprendi muito e o principal é que:
Não existe realidade, existe em nós a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca.

Mediocridade

foto (33)_thumb[4]Medíocre significa estar na média entre dois termos de comparação: entre o bom e o mau, entre o pequeno e o grande, enfim, comum, dentro da média. No entanto, a generalização do termo adquiriu conotação negativa, muitas vezes empregada como insulto. Percebemos que a maioria das pessoas vivem na mediocridade, com medo de se arriscar em algo novo, mesmo que as perspectivas sejam as melhores, pois o discurso é sempre: “Não está bom, mas pior que isso não fica!” E vão levando a vida do mesmo modo, ou seja, apenas sobrevivendo.

Eis a história de Charles Sparky, onde colégio era uma coisa quase impossível. Ele foi reprovado em todas as matérias na sétima série. Foi reprovado em física no científico, com nota zero. Também foi reprovado em latim, em álgebra e em inglês. Não foi muito melhor nos esportes. Embora tenha conseguido entrar para o time de golfe da escola, rapidamente perdeu o único jogo importante da temporada. Havia um jogo de consolação e esse ele também perdeu. Durante toda a sua juventude, teve problemas de sociabilidade. Os outros alunos não chegavam a não gostar dele, pois ninguém lhe dava importância suficiente para isso. Ele ficava surpreso se algum colega lhe dava bom dia fora do horário de aula. Não se sabe ao certo como foi sua vida sentimental. Nunca convidou uma garota para sair no cientifico. Tinha medo demais de ser rejeitado. Era um perdedor. Ele, seus colegas…todo mundo sabia. Então ele vivia com isso. Tinha decidido cedo na vida que, se fosse para as coisas darem certo, elas dariam. Do contrário, ele se contentaria com o que parecia ser sua inevitável mediocridade. No entanto, uma coisa era importante para Sparky – desenhar. Ele tinha orgulho de seus desenhos. É claro que ninguém gostava deles. No ultimo ano do cientifico, ele ofereceu alguns quadrinhos para os organizadores do livro de formatura. Os quadrinhos foram rejeitados. Apesar dessa rejeição específica, estava tão convencido de seu talento que decidiu se tornar um artista profissional. Depois de completar o cientifico, ele escreveu uma carta para os estúdios Walt Disney. Pediram-lhe que mandasse algumas amostras de seu trabalho e sugeriu o tema para uma série de quadrinhos. Desenhou os quadrinhos propostos. Passou muito tempo trabalhando neles e em todos os outros desenhos que enviou para avaliação. Finalmente, recebeu uma resposta dos estúdios Disney. Havia sido rejeitado mais uma vez. Outra derrota para o perdedor. Decidiu, então, escrever sua própria autobiografia em quadrinhos. Descreveu a si mesmo quando criança – um garoto perdedor e que nunca conseguia se sobressair. O personagem de quadrinhos logo se tornaria famoso no mundo inteiro. Pois Sparky, o menino que tinha tão pouco sucesso no colégio e cujo trabalho fora rejeitado vezes sem conta, era Charles Schulz. Ele criou a tira Peanuts com o cachorro Snoopy e o pequeno personagem Charlie Brown, cuja pipa nunca voava e que nunca conseguiu chutar uma bola de futebol.

Fica aqui uma sugestão; que tal sairmos da mediocridade a partir de agora? Veja quantas possibilidades existem e que estão nos direcionando a algo maior. Vamos pensar a respeito!

 

 

Perfeição

Perfeição (1)Palavra que define um propósito que nunca iremos alcançar, pois somos humanos e imperfeitos por natureza. Aquele que busca a perfeição está fadado ao fracasso e a frustração, em todos os aspectos da vida. Diz uma lenda na Índia, que um carregador de água levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade. Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que havia sido designado a fazer. Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço:

– Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas.

– Por quê?, perguntou o homem. – De que você está envergonhado?

– Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote.

O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:

– Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.

De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote:

– Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho??? Notou ainda que a cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava??? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.

Cada um de nós temos virtudes e defeitos. Todos nós somos “potes rachados”. Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos. Basta os reconhecermos e eles, com certeza, embelezarão a mesa de alguém. Como dizia salvador Dali: “Não se preocupe coma perfeição – você NUNCA irá consegui-lá!” Das nossas fraquezas e imperfeições, devemos tirar nossa maior força, pois somente DEUS é a perfeição!