Medíocre significa estar na média entre dois termos de comparação: entre o bom e o mau, entre o pequeno e o grande, enfim, comum, dentro da média. No entanto, a generalização do termo adquiriu conotação negativa, muitas vezes empregada como insulto. Percebemos que a maioria das pessoas vivem na mediocridade, com medo de se arriscar em algo novo, mesmo que as perspectivas sejam as melhores, pois o discurso é sempre: “Não está bom, mas pior que isso não fica!” E vão levando a vida do mesmo modo, ou seja, apenas sobrevivendo.
Eis a história de Charles Sparky, onde colégio era uma coisa quase impossível. Ele foi reprovado em todas as matérias na sétima série. Foi reprovado em física no científico, com nota zero. Também foi reprovado em latim, em álgebra e em inglês. Não foi muito melhor nos esportes. Embora tenha conseguido entrar para o time de golfe da escola, rapidamente perdeu o único jogo importante da temporada. Havia um jogo de consolação e esse ele também perdeu. Durante toda a sua juventude, teve problemas de sociabilidade. Os outros alunos não chegavam a não gostar dele, pois ninguém lhe dava importância suficiente para isso. Ele ficava surpreso se algum colega lhe dava bom dia fora do horário de aula. Não se sabe ao certo como foi sua vida sentimental. Nunca convidou uma garota para sair no cientifico. Tinha medo demais de ser rejeitado. Era um perdedor. Ele, seus colegas…todo mundo sabia. Então ele vivia com isso. Tinha decidido cedo na vida que, se fosse para as coisas darem certo, elas dariam. Do contrário, ele se contentaria com o que parecia ser sua inevitável mediocridade. No entanto, uma coisa era importante para Sparky – desenhar. Ele tinha orgulho de seus desenhos. É claro que ninguém gostava deles. No ultimo ano do cientifico, ele ofereceu alguns quadrinhos para os organizadores do livro de formatura. Os quadrinhos foram rejeitados. Apesar dessa rejeição específica, estava tão convencido de seu talento que decidiu se tornar um artista profissional. Depois de completar o cientifico, ele escreveu uma carta para os estúdios Walt Disney. Pediram-lhe que mandasse algumas amostras de seu trabalho e sugeriu o tema para uma série de quadrinhos. Desenhou os quadrinhos propostos. Passou muito tempo trabalhando neles e em todos os outros desenhos que enviou para avaliação. Finalmente, recebeu uma resposta dos estúdios Disney. Havia sido rejeitado mais uma vez. Outra derrota para o perdedor. Decidiu, então, escrever sua própria autobiografia em quadrinhos. Descreveu a si mesmo quando criança – um garoto perdedor e que nunca conseguia se sobressair. O personagem de quadrinhos logo se tornaria famoso no mundo inteiro. Pois Sparky, o menino que tinha tão pouco sucesso no colégio e cujo trabalho fora rejeitado vezes sem conta, era Charles Schulz. Ele criou a tira Peanuts com o cachorro Snoopy e o pequeno personagem Charlie Brown, cuja pipa nunca voava e que nunca conseguiu chutar uma bola de futebol.
Fica aqui uma sugestão; que tal sairmos da mediocridade a partir de agora? Veja quantas possibilidades existem e que estão nos direcionando a algo maior. Vamos pensar a respeito!