Dia do Perdão

ivesotaNo próximo dia 30 de agosto será celebrado, na cidade de São Paulo, o *Dia Municipal do Perdão, instituída pelo vereador Masataka Ota, em homenagem ao filho Ives Ota, sequestrado e assassinado com 08 anos de idade, em 30/08/1997, pelos seus próprios seguranças da loja. Este episódio causou muita indignação e revolta da população. Imaginem só no caso deste pai, o que se passou na vida deste homem. Mas por incrível que pareça, este cidadão nos deu o maior exemplo de fidelidade ao legado de Jesus, que é o perdão. Segundo ele, a paz e a libertação só foi adquirida a partir do momento em que resolveu perdoar os assassinos. Até então, a única idéia que vinha a cabeça era apenas de vingança e ódio. Conta-nos em uma de suas entrevistas, que um certo dia, veio-lhe uma intuição em que deveria perdoar os 02 bandidos. Resolveu então visitá-los na penitenciária, e somente um deles teve a coragem de recebê-lo. Disse que explicou o motivo de sua visita, e que o assassino chorava aos prantos, não acreditando no que estava ocorrendo, tamanha surpresa, pois achava que não merecia o perdão devido a crueldade de seu ato. Por muitas vezes deixamos de perdoar tantas coisas banais onde o nosso EGO predomina, em que é mais importante termos razão do que sermos felizes. Aquela discussão no trânsito, um pequeno atrito com uma pessoa de nosso convívio, um “esbarrão” com alguém na calçada, enfim, várias “picuinhas” em que não temos a capacidade de deixar pra lá, e o vereador Masataka Ota nos sensibilizou com esta data divina, levando-nos a reflexão do que realmente é importante nesta nossa passagem aqui na Terra, parabéns!

*PROJETO DE LEI 35/13

do Vereador Ota (PSB)

“Institui o Dia Municipal do Perdão e o inclui no Calendário Oficial de Datas e Eventos do Município de São Paulo, e dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO decreta:

Art.1º – Fica instituído, no âmbito do Município de São Paulo, o Dia do Perdão a ser comemorado no dia 30 do mês de Agosto de cada ano.

Art. 2º – A Data Comemorativa ora instituída passará a constar do Calendário Oficial de Datas e Eventos do Município.

Art. 3º – O Poder Público poderá, inclusive em parceria com ONG’s e a sociedade civil, organizar e promover eventos e palestras, objetivando a reflexão e divulgação sobre o tema.

Art. 4º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias, a contar de sua publicação.

Art. 5º – As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentarias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 6º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Sala das Sessões, às Comissões competentes.”

“JUSTIFICATIVA

Em tempos em que a violência desmedida vem atingindo a nossa sociedade, em especial nas grandes metrópoles, e até mesmo a ocorrência de desavenças familiares e nos relacionamentos em geral, se faz necessário criar mecanismos de ajuda àqueles que sofrem com tais situações.

A presente proposta pretende criar um marco onde se reflita e até mesmo haja um efetivo trabalho em nível emocional e espiritual que auxilie as vítimas de violência de qualquer espécie, bem como aqueles que de alguma forma se veem envolvidos em situações de conflito.

Visa-se trazer à luz a necessidade do perdão como instrumento de paz para a alma dos que são atingidos por qualquer forma de violência, ou mesmo para as pessoas que se encontram envolvidas em porfias e dificuldades de relacionamento.

Como escrevi em meu livro “A Vida do Ives Ota – O Mensageiro da Paz”: Aquele que aparece em nossa vida, cujo o convívio é difícil, é nosso professor na matéria chamada perdão, quando perdoamos fazemos pontos com Deus. Esse é o modo correto de viver, pois o caminho que nos leva a Deus é através do perdão, assim como o ensinamento de Jesus Cristo, que consta na Bíblia: ‘devemos perdoar 70×7’, isto é, infinitamente. (…) O ódio é um sentimento que destrói e corrói as pessoas, como uma folha de papel que jogamos na fogueira e vira cinzas. Mas o perdão, ao contrário, tem a finalidade de dar força, extrair a capacidade e dar coragem para renovar, O verdadeiro perdão manifesta o amor puro, como Jesus deixou no seguinte ensinamento ‘Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei’.

Creio, sinceramente, que a instituição da data em apreço servirá para conforto e ajuda muitos, motivo pelo qual conto com a anuência de meus nobres pares na sua aprovação.”

 

Limites e Regras

imagesVivemos em uma sociedade, na qual existem limites e regras, onde através destes, designamos manter a ordem, o respeito e a harmonia em todos os aspectos.

Mas em até que ponto devemos seguir a risca determinadas regras? Será que não estamos impondo limites a nós mesmos, conforme a figura ao lado, seguindo certos paradigmas, ultrapassados e engessados?

Temos de analisar, através da consciência, que determinados procedimentos não se encaixam mais na atual situação, pois tudo é muito dinâmico e passageiro.

Aquelas frases do tipo: “Em time que se ganha não se mexe”, ou: “Sempre funcionou deste jeito, por que que mudar?”, já não são tão convincentes assim, pois haja vista no futebol, em que cada jogo é uma história, onde certas teorias, análises estatísticas e fatos históricos podem “ir por água abaixo” na hora em que a “bola rola”!

O exemplo mais recente foi na última Copa do Mundo, há pouco mais de um mês, onde a campeã Alemanha, ou melhor dizendo, o técnico alemão, escalou a equipe de maneira diferente em todos os jogos, alternando jogadores e padrões táticos.

Fica a prova de que o estudo é fundamental, em todas as áreas da vida, não só no campo profissional, onde em tempos atrás, era dito que o médico seria o único profissional que nunca deveria parar de estudar.

Isto hoje em dia, vale a todos os profissionais, sejam engenheiros, advogados, contadores, donas de casa, bombeiros, etc., pois correm o risco de serem ultrapassados e ficarem obsoletos.

Comunicação

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Termo que nos dias atuais, apesar de todo o progresso tecnológico, onde as distâncias estão cada vez menores, anda em falta entre nós, humanos.

Como dizia Martin Luther King, “Aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes; mas não aprendemos a simples arte de vivermos junto como irmãos”, ou seja, a incomunicação e o preconceito são muito claros nos relacionamentos.

Certa vez, em uma reunião de pais, numa escola da periferia, a diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos; pedia-lhes também que se fizessem presentes o máximo de tempo possível…

Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhassem fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar e entender as crianças.

Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana, porque, quando ele saía para trabalhar, era muito cedo, e o filho ainda estava dormindo…Quando voltava do serviço, já era muito tarde, e o garoto não estava mais acordado.

Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir, indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa. E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado.

O nó era o meio de comunicação entre eles.

A diretora emocionou-se com aquela singela história e ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola. O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de as pessoas se fazerem presentes, de se comunicarem com os outros. Aquele pai encontrou a sua, que era simples, mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.

Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento; simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou desculpas vazias. É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas saibam, que elas sintam isso.

Para que haja a comunicação é preciso que as pessoas “ouçam” a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.

É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro.

As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem o que é um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó… Um nó cheio de afeto e carinho.

E você, já deu algum nó afetivo hoje?

Ética

downloadNome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais, que vem derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter.

Diz a lenda, que um garoto de onze anos, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais, próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago. A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada. O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago. Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém, sua pesca só era permitida na temporada. O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras para trás e para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Eram dez da noite, faltavam apenas duas horas para a abertura da temporada. Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:

-“Você tem que devolvê-lo, filho!”

-‘Mas, papai”, reclamou o menino.

-“Vai aparecer outro”, insistiu o pai.

-“Não tão grande quanto este”, choramingou a criança.

O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu. E, naquele momento, o menino teve certeza de que jamais veria um peixe tão grande quanto aquele. Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido. O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais. Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite. Porém, sempre vê o mesmo peixe repetidamente, todas as vezes que depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de certo ou errado. Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos vendo. Essa conduta reta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a devolver o PEIXE À ÁGUA. A história valoriza não como se consegue ludibriar as regras, mas como, dentro delas, é possível fazer a coisa certa. A boa educação é como uma moeda de ouro: TEM VALOR EM TODA PARTE.