Soltar e Confiar

por Zilmuthimages

Soltar não significa acomodar, não significa largar, significa apenas saber o que deseja, onde quer chegar, o que deseja pra si, no seu aspecto pessoal, profissional, seus relacionamentos, sua saúde, seu corpo, seu trabalho social, seu trabalho no bem, seu crescimento.

Você tem que delinear claramente o que deseja, imaginar-se na situação, como vai ser, o que você vai sentir, como vai ficar a sua vida, quais são as sensações.

E apenas vivenciar isso intensamente e ficar atento aos sinais, interiorizar-se, meditar, deixar que seus canais se abram, seus canais de comunicação que são como antenas receptoras, que vão te guiar calmamente, fluidamente.

Mas se está na confusão mental do controle, não consegue perceber nada, a resposta muitas vezes está aí, debaixo do seu nariz, mas não vê nada, porque toda a sua energia está no seu nível mental e você ali se debatendo, tentando controlar desesperado, esperando a resposta e não vê que a resposta já está disponível.

A partir do momento em que sair desse controle todo, do nível mental e for para dentro de si, será simples, mas vocês não estão acostumados, não foi assim que aprenderam, não é assim, não tem sido assim até hoje, mas agora o convite, mais uma vez, é que aprendam a confiar!

Confiar nesse movimento cósmico universal, nessa força divina, que coloca tudo à sua disposição, todas as respostas que você busca, as pessoas certas que você precisa encontrar, os recursos, as palavras, as situações, os caminhos, tudo já está aí, basta que você abra os seus olhos, os olhos do seu coração, da sua alma, do seu sentir e permita-se ser guiado com suavidade a tudo aquilo que vai te levar à concretização de tudo que você aspira, com tranquilidade.

Aprendam a sair do controle, desenvolvam a confiança em si e nessa força universal que tudo rege, conectem-se a ela de verdade e vão perceber como tudo fica mais fácil, tudo vem com tranquilidade, desde que permitam fluir e caminhar de uma nova maneira na sua existência.

Rebeldia

thSegundo Osho, é caminhar seguindo o seu GPS interior, ou seja, traçar o próprio caminho enquanto anda.

Nada mais é do que um estado de liberdade total e viver conforme a sua própria natureza, não dando ouvidos, não seguindo e não imitando a ninguém, apenas confiando na sua intuição.

Certamente é o modo de vida mais perigoso, cheio de responsabilidades, mas de uma alegria e prazer imensuráveis, pois é agir de acordo com os anseios da alma e confiar sempre no melhor.

Eis uma corrida de sapos, onde o  objetivo era atingir o alto de uma grande torre.

Havia no local uma multidão assistindo e muita gente para vibrar e torcer por eles.

Começou a competição, mas como a multidão não acreditava que os sapos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era: “Que pena, pobres sapos, não vão conseguir… não vão conseguir…”

E os sapos começaram a desistir, mas havia um que persistia, e continuava a subida em busca do topo, e a multidão continuava gritando: “Que pena, vocês não vão conseguir!”

E estavam mesmo desistindo, um por um, menos aquele sapo que continuava tranqüilo, embora cada vez mais cansado, e já ao final da competição, todos desistiram, menos ele.

A curiosidade tomou conta de todos, e queriam saber o que tinha acontecido.

E assim, quando foram perguntar ao sapo como ele havia conseguido concluir a prova, aí sim conseguiram descobrir que ele era surdo!

Sejam rebeldes, não permitam que pessoas com o péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias esperanças de nossos corações.

Seja surdo quando alguém lhe diz que você não pode realizar seus sonhos!

 

 

Viver

imagesVamos fazer uma análise, pare por um instante e reflita; estamos praticando este verbo, ou apenas sobrevivendo, como ligados num piloto automático?

O tempo passa cada vez mais rápido e quando nos damos conta, a vida se resume em obter recursos materiais, acumulando bens e bens materiais, e na hora de usufruirmos disto tudo, a saúde não permite, devido a enfermidades ou deixamos tudo quando falecemos…

Certa vez um jovem advogado foi indicado para inventariar os pertences de um senhor recém falecido, e segundo o relatório do seguro social, o idoso não tinha herdeiros ou parentes vivos.

Suas posses eram muito simples;  apartamento alugado, um carro velho, móveis baratos e roupas puídas.

“Como alguém passa toda a vida e termina só com isso?”, pensou o advogado.

Anotou todos os dados e ia deixando a residência quando notou um porta-retratos sobre um criado mudo, e na foto estava o velho morto.

Ainda era jovem, sorridente, ao fundo um mar muito verde e uma praia repleta de coqueiros.

À caneta escrito bem de leve no canto superior da imagem lia-se “sul da Tailândia”.

Surpreso, o advogado abriu a gaveta do criado e encontrou um álbum repleto de fotografias, e lá estava o senhor, em diversos momentos da vida, em fotos em todo canto do mundo.

Em um tango na Argentina, na frente do Muro de Berlim, em um tuk tuk no Vietnã, sobre um camelo com as pirâmides ao fundo, tomando vinho em frente ao Coliseu, entre muitas outras.

Na última página do álbum um mapa, quase todos os países do planeta marcados com um asterisco vermelho, indicando por onde o velho tinha passado.

Escrito à mão no meio do Oceano Pacífico uma pequena poesia:

“Não construí nada que me possam roubar,

não há nada que eu possa perder,

nada que eu possa tocar,

nada que se possa vender.

Eu que decidi viajar,

eu que escolhi conhecer,

nada tenho a deixar,

porque aprendi a viver.”

Como dizia Dalai Lama: “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro.

E vivem como se nunca fossem morrer… e morrem como se nunca tivessem vivido.”

Dualidade

downloadSegundo Aurélio, é o caráter ou propriedade do que é duplo ou do que contém em si duas naturezas, duas substâncias, dois princípios, ou seja, o poder de discernimento entre o bem e o mal, o certo e o errado, o claro e o escuro, etc.

Para chegarmos a determinadas conclusões, temos de vivenciar os dois lados da moeda, como exemplo, onde viajaremos nas férias de julho, para o frio das serras gaúchas, ou o calor das praias nordestinas?

Somente com a experiência vivenciada é que podemos concluir se foi bom, ou ruim, e cada um sente de maneira diferente.

Portanto não existem erros e acertos, apenas opções de caminhos diversos que temos a nossa disposição, onde muitas vezes o “errado” não daria tão certo, se o planejado tivesse saido conforme o que seria considerado o “certo”.

Diz a lenda que não havia naquele povoado pior ofício do que ‘porteiro do prostíbulo’.

Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem, que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício?

Um dia, entrou como gerente do prostíbulo um jovem cheio de idéias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento.

Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções.

Ao porteiro disse:

– A partir de hoje, o Senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.

– Eu adoraria fazer isso, Senhor – balbuciou – mas eu não sei ler nem escrever!

– Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.

– Mas Senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não sei fazer outra coisa.

– Olhe, eu compreendo, não posso fazer nada pelo Senhor, mas vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer, e que tenha boa sorte!

O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse, e agora?

Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho.

Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego… mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado.

Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa.

Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra.

E assim o fez, e no seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:

– Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.

– Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar… já que…

– Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.

– Se é assim, está bom.

Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:

– Olha, eu ainda preciso do martelo, porque você não o vende para mim?

– Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens mais próxima está a dois dias mula de viagem.

– Façamos um trato – disse o vizinho. Eu pagarei os dias de ida e volta mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento, que lhe parece?

Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias…aceitou.

Voltou a montar na sua mula e viajou.

No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.

– Olá vizinho, você vendeu um martelo a nosso amigo e eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras, que lhe parece?

O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira, pagou e foi embora, e nosso amigo guardou as palavras que escutara: ‘não disponho de tempo para viajar para fazer compras’.

Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas.

Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que havia vendido.

De fato, poderia economizar algum tempo em viagens.

A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viagem, faziam encomendas.

Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes, e com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado.

Todos estavam contentes e compravam dele.

Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos, pois ele era um bom cliente, e com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, do que gastar dias em viagens.

Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos, e logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc…e após, foram os pregos e os parafusos.

Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas…

Um dia decidiu doar uma escola ao povoado, e nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício.

No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse:

-É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página do Livro de atas desta nova escola.

– A honra seria minha -disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o Livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto!

-O Senhor?!?! – disse o prefeito sem acreditar. O Senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever, estou abismado, mas lhe pergunto:

– O que teria sido do Senhor se soubesse ler e escrever?

– Isso eu posso responder – disse o homem com calma. Se eu soubesse ler e escrever… ainda seria o PORTEIRO DO PROSTÍBULO!!!