Segundo Aurélio, trata-se de impedimento ou objeção; ação de se opor contra alguém ou alguma coisa; qualidade do que é oposto.
Em resumo, são os obstáculos, as adversidades, as censuras, ou sejam, as “pedras” que muitas vezes cruzam o nosso caminho com a intenção de nos intimidar ou fazer de tudo para que impeça de irmos adiante.
Certa vez um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.
Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte.
A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo, era um barqueiro.
O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho.
O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo.
Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras. Num dos remos estava entalhada a palavra acreditar e no outro agir.
Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.
O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força.
O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava, e em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor.
Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.
Então o barqueiro disse ao viajante:
– Este barco pode ser chamado de autoconfiança, e a margem é a meta que desejamos atingir.
– Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade agir e acreditar, e cabe a nós, desistir ou transpor tal oposição.
“Não desanime em razão da crítica, pois se a censura é serviço cabível a qualquer um, a realização elevada é obra de poucos.”(Chico Xavier)