Segundo Aurélio, é a aptidão ou tendência que impulsiona o indivíduo para que este realize ações difíceis, não se importando com o perigo das mesmas; ousadia; característica da pessoa definida por se opor ao que está previamente estabelecido; algo que expressa inovação.
Em certo povoado, um rei submeteu sua corte à prova para preencher um cargo importante e um grande número de homens poderosos e sábios reuniu-se ao redor do monarca, que disse:
“Ó vós, sábios”, disse o rei, “eu tenho um problema e quero ver qual de vós tem condições de resolvê-lo.”
Ele conduziu os homens a uma porta enorme, maior do que qualquer outra por eles já vista e esclareceu:
“Aqui vedes a maior e mais pesada porta de meu reino, quem dentre vós pode abri-la?”
Alguns dos cortesãos simplesmente balançaram a cabeça, outros, contados entre os sábios, olharam a porta mais de perto, mas reconheceram não ter capacidade de fazê-lo.
Tendo escutado o parecer dos sábios, o restante da corte concordou que o problema era difícil demais para ser resolvido e somente um único mortal aproximou-se da porta.
Ele examinou-a com os olhos e os dedos, tentou movê-la de muitas maneiras e, finalmente, puxou-a com força, e a porta abriu-se!
Ela tinha estado apenas encostada, não completamente fechada, e as únicas coisas necessárias para abri-la eram a disposição de reconhecer tal fato e a coragem de agir com audácia.
O rei disse: “Tu receberás a posição na corte, pois não confias apenas naquilo que vês ou ouves; tu colocas em ação tuas próprias faculdades e arriscas experimentar.”
É como diz Martha Medeiros: “Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.”