Os momentos iniciais de entrega precisam de muita coragem pois a sensação que dá é de perder totalmente o chão ou qualquer referencial que nos dizia porque nossa vida valia a pena.
Estamos aqui abandonando a idéia de criar um ambiente seguro e controlável onde não precisamos sair daquilo que idealizamos como as condições perfeitas de paz exterior, aquelas que têm há eras tentado nos poupar de enfrentar os medos que nos separam da verdadeira paz interior.
Estamos entrando em terreno inexplorado, nossos mecanismos de satisfação não podem criar uma nova ilusão de controle aqui, onde não teremos mais dúvidas de como agir para conseguir tal coisa ou qual o melhor caminho, porque tanto faz o que a gente vai fazer, o coração deve estar presente em tudo e para isso o único caminho é para dentro.
O segredo é estar bem no aqui agora, e estando bem tudo vai acontecer para continuar bem.
O Universo está constantemente nos trazendo mais daquilo que focamos e acreditamos.
Por isso não precisamos buscar mais nada, o momento é de nos retirarmos deste jogo, de nos colocarmos acima das necessidades de realização fora de nós mesmos.
Não há o que evoluir, já estamos e sempre estivemos prontos.
Não há o que curar nem em nós e nem no mundo, todo o Divino já está e sempre esteve aqui disponível para todos.
Neste estado, as palavras tornam-se desnecessárias, tampouco representam o Ser.
As questões da mente não nos incomodam mais, são apenas ecos de uma vida imaginada.
Percebemos que a paz não é não querer mais nada, mas quando nosso querer já se tornou uma premonição exata daquilo que o universo está providenciando para nós.
A vida apresenta novos desafios a cada dia e o equilíbrio que buscamos nunca será em criarmos circunstâncias externas que nos protejam, mas em encontrar este apoio internamente, em nosso coração.
Qualquer apoio externo é frágil e efêmero, nos traz um conforto momentâneo mas preserva o medo dentro de nós, fazendo com que a vida permaneça nos trazendo alguma forma de restaurar a nossa confiança original que não depende de nenhuma ilusão.
Tudo aqui é mágico e sagrado, não existe imperfeição alguma.
Somos o maior milagre do Universo.
Somos o Grande Espírito eterno e infinito que virou pipoca e explodiu em matéria.
A vida material é o nosso interior pipocando o tempo todo, manifestando externamente aquilo que vibramos.
Por enquanto, manifestamos aquilo que está entre nosso consciente e a Essência Divina em nós.
Mas ao trazermos ao consciente o âmago de nosso Ser é isso que será manifestado, não mais sombras e ilusões, não mais buscas sofridas, carências e frustrações.
Nosso Eu Natural deve ser resgatado até que não sobrem dúvidas, até que todo medo seja transcendido, até que a única explicação possível seja Eu Sou, Eu Existo, ou de uma forma mais bem humorada, Eu Pipoco.
Rodrigo Durante
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